30 de novembro de 2008

Você já sentiu que ia morrer?

Mas não assim, por estar doente.

Tinha uma época da minha vida que tudo era tão bom, mas tãaao bom que eu tinha medo de que algo bem ruim pudesse acontecer. Algo como a minha morte ou a de alguém muito próximo. Mas evitava ficar pensando pra não atrair esse tipo de coisa.

De uns tempos pra cá, tenho sentido saudade de muita gente. Saudade do tipo, gostaria de visitar todos eles antes do final do ano. Eu não me considero uma "pessoa de saudades". Claro que a sinto, mas..como explicar? Não é a saudade de chorar, de estar longe...são saudades quando lembro de coisas, momentos, e que me fazem feliz.

Ultimamente sinto todo tipo de saudade e isso me dá a estranha sensação de que quero me despedir de todos que eu amo. E, Ná, pensando dessa forma, a sua idéia pro seu blog não me soa mais tão mórbida assim.rsrs.

Calma aí, hein...não to pensando em morrer.rs

Apesar dos pesares, da vida estar sempre corrida; dessa história de "o tempo é a gente quem cria" não funcionar comigo; de a última vez que eu fui pra SP foi há um ano e eu nem percebi que o ano já acabou; de a última vez que eu postei foi há 4 meses e eu nem percebi que os meses se foram; de ter a sensação de que vc não está fazendo nada da vida cada vez maior; de estar chegando no meu limite no trabalho; de chorar de estresse, de saudade, de tristeza, de ver comercial de margarina(haha); de sentir muita falta do meu pai, mas sentir mais falta dos que ficaram;...apesar de tudo, não há segunda opção no quesito vida pra mim. Viverei pra sempre, até que chegue a hora (natural.rs).

Beijos!!

1 de setembro de 2008

Mark Darcy, cadê o meu?

Imagino que existam centenas de posts semelhantes com o meu e que outras dezenas se multipliquem a cada vez que o filme Bridget Jones é reprisado.rs

Sabe aqueles momentos em que você se pega suspirando com a felicidade alheia? Um casal no auge da felicidade, velhinhos andando de mãos dadas (esses são os campeões de "suspiros arrancados da Betty", pra mim), uma troca de olhares onde palavras são desnecessárias...

Fazia muito tempo que eu não tinha disso. Mas hoje, suspirei por todos os meses sem suspiro. E me perguntei sorrindo....cadê o MEU Mark Darcy? HEIN???

Acabei também de ler um email da Karen, com trechos de um livro do Shinyashiki que ela está lendo (adoro os textos que ela manda) e que me fez voltar para o chão.

Ninguém é perfeito, estamos sempre aprendendo. Houve um homem que passou a vida inteira procurando a mulher perfeita. Terminou solitário. Um amigo o consolou: “Que pena que você passou a vida procurando esta mulher e não encontrou”. O homem então respondeu: “Sim, eu a encontrei. Porém, ela não quis ficar comigo. Procurava o homem perfeito”.

Só um parênteses...isso é completamente a minha TEORIA DA ESCADA.rs

E QUEM DISSE QUE QUANDO EU ENCONTRAR UM MARK, ELE VAI QUERER ALGO COMIGO?

Xi, e agora? haha....infelizmente, por mais que eu concorde com o trecho do Shinyashiki, isso não me impedirá de imaginar o homem perfeito pra mim (aquele que, inclusive, tem um monte de defeitos).

E pior, com o passar dos anos, a gente vai ficando meio bestamente exigente e sonha meio alto e fica completamente sozinha e acredita que é feliz. Você ainda é jovem pra achar que essa frase é verdade? Tudo bem, eu também já fui um dia.

Beijos.

22 de agosto de 2008

Cara e Coroa.

"...Queria ser como os outros
E rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor..."

sou 90% do tempo os outros. Pelo menos eu costumava ser. Quando olho de fora, é assim que acho que me vêem. É assim que você me vê?

Mas não sei, "vem de repente um anjo triste perto de mim". E "eu nem sei porque me sinto assim"..."Não me dê atenção. Mas obrigado por pensar em mim".

Beijos.

14 de agosto de 2008

o peso do julgamento alheio

Eu percebi que quando acordo de madrugada e volto a dormir, é quando eu mais me lembro dos sonhos que tive.

Ontem sonhei que estava na rua, na frente de um prédio. Perto de mim haviam mais umas 10 pessoas. E enquanto elas discutiam algo, eu simplesmente surtei e gritei " A moral de vocês é construída sobre a areia movediça!!!". Gritei meeesmo, com todo o pulmão. Mas não foi raiva, foi meio que uma tristeza pela cena na esperança de lhes abrir os olhos.

Acho que foi algo sobre estarem julgando alguém sem perceberem que por culpa desse tipo de atitude, A Moral, nos dias de hoje, é algo que se conquista lentamente e que se perde num escorregãozinho por aí....frágil como construir uma puta estrutura sobre a areia movediça.

Como funciona nosso subconsciente? Não é muito louco, algo que eu jamais pensei em falar sair num sonho e fazer todo o sentido fora dele?

Será que tenho me sentido julgada?

Talvez pela mais crítica das visões, a minha sobre mim mesma.

Beijos!!

29 de julho de 2008

Que eu vivo em uma bolha...

...isso eu sempre soube. Mas olhar para fora dela sempre causa uma sensação estranha de que o mundo não está bem.

Ok, é fato. Temos fome, pobreza, violência, ganância..isso sem começar a citar os problemas ambientais. Ao falar sobre tais assuntos, sinto-me meio hipócrita. Daquele tipo de hipocrisia de redação de vestibular. Em que você sabe o que deve escrever para ter nota alta (na vida real, o que escrever pra ser politicamente correto). Mas no fundo, você não faz mais do que a maioria. Nada. Concordo que é melhor do que agir mal. Mas ficar parado também não é digno de aplausos.

Mas, meu post não tem nada a ver com esse mundo de cima. Tem a ver com a sensação que eu tive na sexta. Uma sensação que ainda estou tentando digerir, entender e sentir.

Fui num desses lugares frequentados pela nata da sociedade, digamos assim. Descobri onde as pessoas "bonitas" vivem. Porque por anos eu tive a sensação de que os lugares que eu ia só eram freqüentados por gente "estranha"...sabem, tipo nerd, emo, punk, designer. Mas quer saber o mais estranho? Só estando lá, descobri que me sinto mais à vontade (mas ainda não é o meu lugar no mundo) no meio dos estranhos do que onde eu achei que era o meu lugar.

Não é legal ficar analisando e julgando as pessoas. Mas quer saber, não conseguia evitar. Depois de um tempo fiquei meio entediada. Todas as meninas eram impecáveis e iguais. Acho que era a festa do shortinho preto com bota, cabelo chapinha, maquiagem idêntica. Todos os homens eram iguais. Bombadinhos, camisa para os mais homens e camiseta PP para os mais jovens. Jeans, cabelo parece-que-acabei-de-acordar-mas-deu-trabalho-pra-deixar-assim.

De tempos em tempos, voltava pra conversa da mesa. Em uma delas, um deles disse: tem mulheres que são enviadas aqui para conseguirem clientes. E outro deles concordou e completou: é, eu já avistei algumas delas. E eu pensei: ãh? O que??? Verdade??? Será que aquela? E aquela? Hum...que coisa.

Em outra volta, ouvi que a mãe devia colocar o dedo no nariz das filhas assim que elas nasciam e só tiravam o dedo de lá para deixar a babá com o dedo no nariz (pra deixar o nariz empinado). Discordo. Não achei quase nenhum deles com ar esnobe. Mesmo porque, estando entre iguais, pra que esnobar? Faz sentido pra vc?rs

Estou aqui, enrolando, tentando achar um sentido para esse post. Como muitos ele se perdeu pelo caminho. A verdade é que ainda não entendi direito o que senti, por isso é uma missão quase impossível escrever coesamente.

Não sei se foi tristeza, se foi alívio, se foi um tédio, se foi futilidade, se foi inveja, se foi superioridade ou deslocamento. Talvez tenha sido a TPM. Isso, vamos culpá-la. hahaha.

no final, só sei o que eu sempre soube....

...que eu vivo em uma bolha. Mas olhar para fora dela sempre causa uma sensação estranha de que o mundo não está bem.

Beijos,
Betty.

22 de julho de 2008

Dereck Shepperd, o homem da minha vida.

É, não pirei ainda, nem sonho em me casar com um personagem de seriado americano. Sim, porque se fosse nacional, seria completamente normal, né não? huahauha.

Pra quem não conhece, aí vai uma foto. Se quiser mais, dá um google no nome Dereck Shepperd (o personagem), ou Patrick Dempsey (o ator) ou Grey's Anatomy (o seriado).


Voltando ao homem da minha vida....eu tenho sonhos com riqueza de detalhes assustadores. Não os sonhos, mas a riqueza.rs

Não costumo também sonhar com coisas, acontecimentos ou pessoas repetidas (pelo menos não quando se trata de famosos ou estranhos). Mas, nesses últimos dias sonhei 3 vezes com o Dr. Shepperd. E o mais bizarro? Eu, apesar de ser eu, vivia no corpo da Meredith Grey, seu caso-banho-maria-finalmente-com-cara-de-final-feliz no seriado.

Hoje acordei e decidi. Isso só pode ser um sinal...

...de que o homem da minha vida é charmosíssimo;
...de que o homem da minha vida é mais velho (não que ele seja velho, mas em relação à Meredith, acho que vai mais ou menos 8 anos de diferença);
...de que o homem da minha vida é médico ou designer (hauhauha...explicarei. Ou ele é médico como o personagem, ou trabalha na mesma área que seu grande amor, EU..hahaha).
...de que eu tenho visto muita TV;
...de que você acredita, no fundo, naquilo que você quer mesmo;
...de que, devaneios à parte, sonhar é muito bom. Desde que você não páre de viver.

Beijos,
Betty.

6 de julho de 2008

Pechinchar é com você?

Pra mim, o máximo que eu chego de pechinchar é...."se pagar à vista, tem desconto"? Não sei, não levo jeito.

Fui na quintada hoje e lembrei de um episódio que eu achei meio absurdo: uma 1/2 madame (porque madame de verdade não deve ir à quitanda, manda irem.rs) entrou, pegou um maço de cebolinha e perguntou...quanto é? R$0,20. Que caro! Faz 2 por R$0,20? Hum, ok.

19 de junho de 2008

Tem um piercing no meu nariz.

Faz mais de 5 anos, coloquei um piercing no nariz.

Na última semana, umas 5 pessoas resolveram reparar nele. Entre elas,

- minha chefe, que vê a minha cara há uns 18 meses e perguntou se era novo;
- a moça da zona azul, que perguntou se doeu pra pôr e depois contou que teve um por 7 meses, tirou um dia para trabalhar e de noite não conseguiu pôr mais e eu fiquei pensando...se vc tinha, por que tá perguntando se doeu?;
- e a secretária da ginecologista, que perguntou se dava problema pra assoar o nariz, porque ela queria muito fazer, mas tem rinite....talvez estivesse curiosa, talvez foi no intuito de me fazer sentir menos desconfortável....tipo, apesar de tudo, eu estou mesmo é olhando pro seu nariz. hauahuahuah.

Bom, pra quem não tem e não tem pra quem perguntar...

- no nariz não doeu. Claro que dói, mas é tipo injeção. Dói, mas passa rápido.
- fica dolorido e inchado por um tempo. Mas não inchado do tipo "levei um soco no nariz". Fica inchado do tipo "quando desinchou, percebi que tava inchado".
- no nariz fecha muito rápido se não estiver cicatrizado. Esses dias fiquei uns 4 dias sem e quase não entrou de volta. E eu tenho há 5 anos!!!
- dizem que quando fecha, não sobra vestígios. Mas, dizem...nunca testei pra assinar embaixo.
- se você não cuidar, vai inflamar. Se você não cuidar mais ainda, vai infeccionar.
- Sim, dá pra assoar nariz e sim, dá pra limpar o salão. Tudo de boa.
- Quando você espirra, não sai nada pelo buraco do piercing. Pelo menos não do meu.
- De tempos em tempos, vai enroscar na toalha ou em alguma blusa de linha...mas não tanto quanto enrosca nos primeiros meses. Parece ímã.

Acho que é isso.
Beijos.

15 de junho de 2008

Momento PÂNICO!

Acabei de perceber e vim postar porque quem sabe assim, registrado, eu assuma isso de verdade em vez de pensar que é uma fase.

Nunca mais vou namorar. É fato.

Vamos por partes...

Eu me tornei (quem é da área vai entender muito bem) a cliente chata que não aprova nada porque no fundo, não sabe o que quer, mas sabe o que não quer (especialmente quando olha).

Eu não procuro. Não sei, não aprendi, não levo jeito, enchi. Não me canso de repetir, mas vai lá mais uma vez..quem disse que "quando menos se procura, acha" estava tremendamente enganado. "Achar" dá trabalho e começa com "procurar". Porque, benhê, não vai cair do céu e menos ainda nos seus braços.

Não vamos mentir...o que conta primeiro é "o que os olhos vêem". Quando acho alguém atraente aos olhos (e isso não é tão frequente assim), já acho em seguida algo completamente brochante.

Idade. Isso é beeem relativo, mas geralmente eu acho velho demais ou novo demais. Nem tanto na idade em si, mas no comportamento, na vida, sei lá.

Falar errado (escrever em miguxês principalmente) me dá vontade de sair correndo. Grosseria, falta de caráter ou humildade também.

Cabide. Não muito arrumado, não eternamente largado. Fashion demais também não rola.

Viram? Se conhecerem alguém com essas características (ou melhor, com a falta delas), pode me apresentar...

Betty, prazer em conhecê-lo.rsrs

4 de junho de 2008

Valores

Me lembro de, em algum momento da minha vida, acreditar piamente que eu seria uma mãe legalzona, dessas que entende as coisas da filha. Mãe-amiga, solidária e compreensiva. Lembro também de pensar...por que minha mãe não entende?? Ela não teve adolescência?!? e muitas outras questões ligadas ao gênero.

Em outra fase, essa não muito distante, lembro de acreditar que os "tempos mudaram". Enxerguei a inevitável diferença de gerações que me separaria dos meus filhos. Mas eu ainda seria a mãe legalzona, mãe-amiga, solidária...talvez não tão compreensiva.

Hoje em dia, tirando a minha baixa fé de que terei filhos um dia, eu acredito piamente que vou ter problemas com eles. Vou tentar ser legal, mãe-amiga (se eles deixarem.rs), solidária e sei que muitas e muitas vezes não serei nada compreensiva. Não porque me tornei insensível...mas porque não vou compreender, de fato, a maioria das atitutes e escolhas deles.

As mocinhas de hoje (hauhauha...mocinha é tão coisa de tia) viraram homens!!! O QUE?!? Opa, homens! Pelo menos, no conceito torto de que, por conta dos "direitos iguais" se ele pode, eu posso. Moral da história, quantidade é melhor do que qualidade e trair não é nada demais.

Dou até parabéns pra algumas atitudes quando penso: já que homem faz, que bom que tu faz também ao invés de ficar chorando em casa.

Mas, PÁRA TUDO! O "certo" seria ninguém fazer. Não é? É?

Sou só eu, ou vc também fica preocupado e confuso com a atual inversão/distorção de valores (ou com a falta deles)?

É, pensando bem, satisfeita serei se - mesmo sendo chata, mãe-mãe e incrivelmente incompreensiva - conseguir transmitir valores pros meus filhos. No fim das contas, é isso que faz a diferença, não?

Beijos.

1 de junho de 2008

das coisas inexplicáveis

No dia das mães, procurávamos por um CD para testar o presente da minha mãe. O primeiro que achamos tinha escrito "DEBELU - Pai, Feliz Aniversário!!! (set/02)".

DEBELU era o nome do barco do meu pai e é também a inicial do nome de seus 3 filhos. 2002...nem parece que foi há tanto tempo assim.

Acho que só eu lembrava qual era a primeira música do CD e pensei que era melhor não ouvirmos o cd. Eramos eu e meu irmão cantando parabéns e deixando um recado depois. Ficou aqueeele silêncio e com certeza, cada um lembrava de alguma coisa. Pra mim, foram um milhão de coisas. Me deu muita saudade. Saudade de abraçar, de dar um beijo, de dizer eu te amo, de ouvir a sua voz.

Fui chorar lá fora e quando voltei, minha mãe tava com os olhos vermeeelhos e brinquei...ahá, chorou também, né.rs.

E ela me contou que a segunda música falava sobre virar uma estrela e que meu pai dizia isso pra ela e que um dia ela brigou com o céu e intimou o meu pai a aparecer e na mesma hora, uma estrela se destacou entre as outras. Algo assim. Nunca ouvi meu pai dizer isso, mas dias atrás, fiz a mesma coisa numa noite de céu nublado e apareceram duas estrelas. Ok, pode não ser nada...mas faz tanta diferença na hora.

Quando eu voltei, estava tocando uma música que eu queria ouvir desde o começo, mas ao invés de voltar, parei o CD. Chutei no número 3 (e deveria ter chutado bem mais alto pelo tempo que fiquei fora, né.rs) e não voltou pra música certa, mas caiu em outra que me fez chorar maaaais ainda (hahaha..é, eu choro bastante). Porque do alto do meu conhecimento japonês os pedaços que eu fui traduzindo, pareciam um recado do meu pai na voz do cantor. Eu pensei....essa música sempre foi assim??? Hoje, procurando a letra no google, vi que o sentido real não é exatamente como eu interpretei, mas na hora soou como algo assim...

“ Pode esquecer das coisas ligadas a mim / sobreviver sozinha, eu sei, é triste, mas.../ Já está bom, já está bom, não vou ficar bravo / sei que estou dentro de sua alma / Pode sorrir, eu não me importo / até que suma o lugar onde te carreguei, vou seguir sorrindo / a partir de hoje você mesmo deve cuidar de suas coisas.”

Foi....surreal.

Beijos.

das coisas inexplicáveis

No dia das mães, procurávamos por um CD para testar o presente da minha mãe. O primeiro que achamos tinha escrito "DEBELU - Pai, Feliz Aniversário!!! (set/02)".

DEBELU era o nome do barco do meu pai e é também a inicial do nome de seus 3 filhos. E gravamos esse cd com músicas japonesas pra ele.

Acho que só eu lembrava qual era a primeira música do CD e pensei que era melhor não ouvirmos o cd. Era eu e meu irmão cantando parabéns e deixando um recado depois. Ficou aqueeele silêncio e com certeza, cada um lembrava de alguma coisa. Pra mim, foram um milhão de coisas. Me deu muita saudade. Saudade de abraçar, de dar um beijo, de dizer eu te amo, de ouvir a sua voz.

Fui chorar lá fora e quando voltei, minha mãe tava com os olhos vermeeelhos e brinquei...ahá, chorou também, né.rs.

E ela me contou que a segunda música falava sobre virar uma estrela e que meu pai dizia isso pra ela e que um dia ela brigou com o céu e intimou o meu pai a aparecer e na mesma hora, uma estrela se destacou entre as outras. Algo assim. Nunca ouvi meu pai dizer isso, mas dias atrás, fiz a mesma coisa numa noite de céu nublado e apareceram duas estrelas. Ok, pode não ser nada...mas faz tanta diferença na hora.

Quando eu voltei, estava tocando uma música que eu queria ouvir desde o começo, mas ao invés de voltar, parei o cd. Chutei no número 3 (e deveria ter chutado bem mais alto pelo tempo que fiquei fora, né.rs) e não voltou pra música certa, mas caiu em outra que me fez chorar maaaais ainda (hahaha..é, eu choro bastante). Porque parecia um recado do meu pai, dizendo que "tudo bem eu não chorar por ele mais".

25 de maio de 2008

Licença Etílica

Você já ouviu falar de licença poética? Aposto que sim.

Pensei esses dias na licença etílica. Ela existe? Devia ser dada aos alcóolatras para que parassem de ser fuzilados com olhares de desprezo, seguidos de "tsc, tsc...não tem vergonha??"

Nãooo, longe de mim fazer apologia ao uso de álcool. Mas sejamos honestos, todo mundo que bebe, está ciente dos males. Alguns só não tem o controle. E quem somos nós pra julgar? Principalmente nós, que bebemos socialmente (e algumas vezes somos sociáveis demais).

Eu mesma, no intervalo de uma semana presenciei dois senhores cambaleando em plena luz do dia, antes do meio-dia. E o que eu fiz? Lancei meu olhar, seguido de tsc, tsc..isso é hora???

E da segunda vez que agi assim me ocorreu o quanto sou hipócrita. Ué, desde quando encher a cara na calada da noite é menos "triste" do que encher a cara antes do meio-dia? Quem estipulou isso? Ahhh, a sociedade.

Embriagar-se de champagne é chique, de pinga é o Ó?

Pensem, pensem!

Beijos.

Consultório Creolina

Dia desses fui a uma endodontista (especialista em canais), com cara de quem esqueceu-se de aposentar e cujo consultório cheirava a creolina. Ok, é um desinfetante. Mas não consigo associá-lo com higiene. Deve ser porque minha mãe usava no canil em alguma época da minha vida.

- Conte-me, o que te trouxe aqui?
- Estou com um dente quebrado há meses. E só agora o plano explicou para minha dentista porque não estão autorizando o procedimento. Consideraram meu canal mal feito. Portanto, pediram que eu procurasse por um endodontista para enviar um laudo a eles dizendo se meus canais estão ok ou não. Se não, tratá-los e depois enviar novo laudo autorizando a restauração.

É uma big restauração e com certeza vai ficar caríssimo. Por isso essa burocracia toda. Depois de preencher uma ficha, ouvir se eu era parente da Yoko; ouvir que ela já viu a Yoko pessoalmente; ouvir que um modelo bonitão da Pura Mania estava com problemas de canais ... comecei a ouvir tudo o que ela pretendia fazer com meus dentes. Radiografia panorâmica, e mais um monte de termos que não conheço.

Mas...peraí, eu só preciso de um laudo!!!

- ãh, Dra., eu já estou em tratamento com outra dentista e só preciso da avaliação de uma endodontista a pedido do convênio.
- hum, quem é a sua dentista?
- Dra. Helen, não me recordo o nome completo dela (feio, né..mas não lembro.haha).

A partir daí, a mulher virou outra pessoa. Ficou seca, retirou as luvas e começou a dizer que não era endodontista e que o convênio havia sido "gentil" em classificá-la como tal. Que ela era especialista nisso, nisso e naquilo, mas não em endodontia (e repetiu o discurso pelo menos mais 2 vezes). Ficou tão alterada, que disse algo do tipo ...”se vc já está em tratamento, peça para sua AMIGA....” e foi num tom de desdém, sabe. Achei isso o ápice da dor-de-cotovelo.

Então pensei com meus botões....Ué?!? Se eu fosse enriquecer seus bolsos, quando vc pretendia me contar que não era uma endodontista???

Enfim, já consegui consulta com outra endodontista, deixei claro (de novo) com a secretária do que se tratava e vamos que vamos....a saga do dente quebrado continua.

5 de maio de 2008

O Sujo falando do Mal lavado.

Quantas vezes você já ouviu que "é mais parecido com os seus pais do que vc imagina"? Ou, que os defeitos que mais te incomodam em alguém são aqueles que vc mesmo tem?

Dia desses ouvi várias histórias sobre uma relação doentia que chegava ao fim. Críticas e críticas sem fim. Concordei que tudo era mesmo um absurdo até a parte em que começou com..."daí eu fiz isso, eu fiz aquilo"...e vi que ambos agiam exatamente igual. Porque, então, tal indignação com as atitudes do outro? Ok, talvez fossem mais extremas e intensas...mas ainda assim, iguais.

Parei pra pensar nas coisas que eu mais reclamo. Será que tenho os defeitos que mais me irritam nas outras pessoas? Talvez. Parei de pensar porque auto-conhecimento pode ser muito bacaninha na teoria...mas dá um cansaço mental razoável na prática. Principalmente se tentar numa pancada só.

Adiei pra próxima vez que me sentir irritada. Ou melhor, pras próximas. Uma de cada vez. Analisando e vivendo, vivendo e analisando. Em busca de um mundo de "limpinhos".huahauahua.

Beijos.

Betty, louca, Betty.

Viagem aventura sentido Jaguapitã. Ãh? Jaguapitã? Onde fica? No mapa é que não. hahah...pelo menos não detalhadamente. É um ponto e pronto.

Não conhecia a estrada, não tinha companhia, tinha a noite, chuva, neblina, pista única, atraso, problemas com a luz e o acompanhamento vocal de Dinho, Juanes, Gram, Lucas e Twister,sure.haha...e meu anjo da guarda. Sem ele, seria impossível.

Cheguei e dei de cara com o show adiado pro dia seguinte. Conheci a D. Maria, figurinha ótima que cuida do hotel. Conheci o Zamboni, que acho, não estava num de seus melhores dias (mas com razão); o Rodrigo que pareceu tranqüilo, na dele; a Thaeme - o prazer é MEU - haha....e, claro, fiz o que eu fui fazer, vi meu amigo.

Valeu a pena? Opa, faria de novo. Agora sinto que posso chegar em qualquer lugar de carro. De dia, com mapa e acompanhada então...viiixe. Vambora viajar?

Também serviu para provar a mim mesma o quanto eu posso ser teimosa. Fiquei até com medo.huahauhaa.

Beijos!!

22 de abril de 2008

Quem mais entra no próprio blog, lê suas próprias palavras e não tem idéia do que estava falando? Põe o dedo aaaqui!

Eu tive pelo menos 3 bons pensamentos pra colocar aqui na semana passada. Adiei e, olha que novidade, todos eles foram passear.

Novidades? Fui duas semanas inteirinhas na academia (fui até nesse sábado pra compensar o feriado de segunda..gente, quem é essa menina mesmo? hauhauhauah).

Também parei pra pensar pela primeira vez em algo que meus pais sempre repetiram...como pode, uma pessoa (antes eram duas.rs) sujar taaaaanto uma casa??? Hoje me pergunto...como posso eu, que passo míseras horas em casa (mais míseras agora com a academia) e dessas horas, passo graaaaande parte deitada no sofá e outra parte dormindo, posso sujar tanto uma casa?

Agora eu resolvi tentar manter tudo limpo. O problema é que primeiro, eu preciso limpar tudo. Como me falta tempo, vou tentar um cômodo por vez. Se eu o mantiver assim, um dia ficará tudo limpinho.

Comecei pela cozinha. Lavei louça que só eu sei há quanto tempo estava na pia, no fogão, no balcão...tirei coisas do armário pra limpar e organizar...pra ficar perfeito, faltou um armário, o fogão e o chão. Se fogão fosse barato, talvez compensasse comprar outro..hauhauha. O chão, bem....trabalhei demais por hoje.

Bom, se vcs estiverem franzindo a testa de: nojo (de imaginar a sujeira), indignação (idem), curiosidade (idem do idem) ou cansaço (idem do idem do idem). Somos dois.

Viu, em prol da extinção de posts como este, preciso urgentemente aprender a postar assim que sinto vontade. :)

Beijos,
Betty.

25 de março de 2008

das coisas ditas com sono...

hauahuah....acho que escrever com sono é pior do que escrever bêbada. Porque você ainda tem coordenação motora pra digitar, mas a mente, tadinha...foi dormir.

Preguiça de ler tudo pra ver se me exacerbei em alguns pontos. Mas algo martelou meus pensamentos agora a pouco e vim correndinho escrever.rs.

Quando disse "triste", "só", "dói", "desamparo", tudo na mesma frase, soou como uma "maior abandonada" num mundo cruel, expulsa de sua bolha do aconchego feliz.

Não é nada disso. São situações corriqueiras, mas completamente novas pra mim. Não é que eu não tenha pra quem correr. É que simplesmente, antes eu nem pensava nisso...tinha todos os meus problemas resolvidos. Hoje, penso que todos têm problemas então, tento resolver os meus eu mesma. Não sou orgulhosa pra não pedir ajuda...mas pedirei quando achar realmente necessário. Assim como tenho feito.

Como a memória é fraca, deixo uma lista pra mim mesma. Infelizmente, algumas coisas já esqueci.

16/11/2006 - de longe, o dia mais triste;
25/12/2006 - árvore;
01/01/2007 - briga;
25/12/2007 - primeiro chester;
01/01/2008 - tradição;
sem data - coletor de água;
09/03/08 - cadê o bolo?;
sem data - interodonto;
21/03/2008 - páscoa;
21/03/2008 - churras da mamis.

E, sobre o post anterior...os dois últimos eventos mostram que é melhor dizer. Mesmo que seja difícil, mesmo que em tom de brincadeira saudável.

beeeijos que agora vou me despedir do meu vício de 3 meses.rsrsrs

Das coisas que não são ditas...

Não sei bem ao certo como começar a escrever sobre. Sobre algo que converso raras vezes com raras (mais ainda) pessoas. Coisas íntimas. Não aquelas que chocam...aquelas que a maioria entenderia, mas que....se vc guarda até de você mesmo, como colocar em palavras pra fora da boca?!?

Às vezes porque você chora só de pensar, às vezes porque você acha que vai fazer outro chorar; em outras você pensa que tem que ser forte, porque é o que esperam de você ou você não quer constranger os outros; às vezes dá medo de ser/estar vulnerável, porque a segurança do "sou de ferro" é uma fortaleza e tanto; ou talvez, ainda, você tenha medo do poder de suas palavras. Particularmente, influenciar ou ferir alguém com palavras é um peso que não carrego de boa todos os dias.

Estive pensando (preparem-se pro festival de redundâncias) sobre as coisas que tenho pensado e na minha mente são claras, ordenadas e fazem sentido, mas quando abro a boca, saem picadas e talvez mal interpretadas. Na minha mente, tenho paciência, mas ao falar, muitas vezes a rispidez impera. Você não quer repreender, mas às vezes sai em tom de cobrança.."e os meus direitos, cadê?"

Agora imagina um diálogo de duas pessoas passando pela situação citada. Agora imagina 3 pessoas. E 4?

Tem sido meio difícil pra mim. Me sinto, por vezes, meio só e cada vez que eu percebo que nunca havia tido essa sensação de desamparo antes, dói bastante. Ninguém me deu as costas ou negou ajuda. Acho que é mais uma questão de auto-cobrança. De "ser" adulta, de se virar.

E em pequenas atitudes, percebo que está difícil pra todos. Dificuldades diferentes, quem sabe. Só quero que saibam que entendo muito "das coisas que não são ditas" e espero que seja recíproco.

Amo muito vocês, mais que todos na minha vida. Embora, estupidamente, seja muito mais fácil dizer isso aos outros.

Beijos!!

18 de março de 2008

Feliz, Feliz.

Não aquela felicidade de sair dançando na chuva, nem de soltar rojões (eu tenho medo de me queimar.haha), nem de gritar aos quatro cantos do mundo (que canto? Não és redondo? hauhauha...ok, piadinha infame).

É aquela sensação de bem-estar, do coração não apertado. Aquele sentimento de carinho, afeto e querer bem tão grande que é quase palpável. Essa felicidade!!

Às vezes me esqueço do quanto sou sortuda nas relações pessoais. E muitas vezes, confesso, perco a fé nas pessoas....e elas quase que imediatamente, me provam o contrário.

Meu último ato de pessimismo foi em relação à minha sala (não consigo dizer ex-sala). Achei que cada um foi pro seu canto rápido demais e que nunca mais seríamos os mesmos amigos. Num momento nostalgia-saudade-otimismo-alegria-impulso, mandei um email pra todos e depois fiquei com uma sensação de ter sido meio patética..hauhauah (bipolar é foda).

Mas o retorno foi maravilhoso. Tem coisas que não conseguirei explicar nem escrevendo muuuito....mas acreditem, simples emails me deixam muito feliz sim.

Me lembrei de coisas que eu prego há anos...ser amigo independe de distância; ser amigo não é viver grudado; ser amigo é conversar com alguém sem fazer diferença se faz dias ou anos que vcs não se falam...ser amigo é tanta coisa. E eu sou assim...ausente/presente....e não me considero menos amiga por conta disso.

Mas da sala, eu não esperava essas ausências...sabe aquelas pessoas que vc esquece que são normais?rs...pois é, eu vivi numa bolha linda e talvez por isso, tenha custado a perceber que no fim, tudo continua igual sim...só menos freqüente. Afinal, somos muitos pedacinhos pelo mundo agora. E juntar pedacinhos dá trabalho...mas acho que sempre valerá a pena.

Beeeeijos!

28 de janeiro de 2008

Pensamentos perdidos, palavras semi-organizadas.

To beirando os 30 e me pergunto quando vai cair a ficha...será que ela cai um dia? Será que ela precisa cair um dia? Ou é mais um padrão imposto?

Às vezes (antes raras, mas cada vez mais freqüentes) me sinto meio mal por não ser uma pessoa de 30 anos "normal".

Normal? ah, tipo...no auge da carreira, estabilidade financeira, já tendo viajado muito, estudado muito, quase casando, com planos pra filhos...assim, "normal".rsrs.

Parece que, da noite pro dia, eu não pertenço a lugar algum mais. Pareço meio velha pros meus amigos antigos e pareço meio nova pros meus amigos novos. Não necessariamente na idade...mas é algo que eu sinto e não sei explicar. Será a hora de procurar um terapeuta?rs

Mudando de assunto....Hoje vi uma foto do meu ex após uns 5 anos ou mais. E sabe..me deu uma sensação muito, muito ruim. Mesmo. Fiquei até surpresa...pois sempre que eu pensava no meu namoro, eu tentava manter na lembrança somente as coisas boas. Mas ao ver a foto, tudo que passou pela minha cabeça foram só as coisas ruins. Tanto da personalidade quanto das atitudes dele e do meu ano negro ao lado dele. Eu acho que tenho nele um puta exemplo de tudo o que eu não quero em qualquer outro homem que faça parte da minha vida.

Talvez por isso eu não faça esforço algum pra voltar a ter um namorado. Porque eu sei que tem coisas que são coisas de homem mesmo...raros escapam e não tenho vontade de ficar procurando. Não me sinto traumatizada. Também não perdi a fé nos homens..hahaha...só não corro atrás, nem na frente, nem do lado..rs.

Eu me peguei perguntando....será então que eu o perdoei, de fato? Não acho que guardo mágoas. Acho que ele foi um cretino? Acho...acho que eu tenho certa culpa? Sim...acho que não tem como voltar e fazer diferente então, tudo bem? Também. Cresci com isso? Opa! Desejo que ele seja feliz? Sim.

Mas não o quero por perto nem como um figurante com quem eu não precise sequer interagir.

Mudando de assunto, again...preciso organizar melhor a minha vida. Terminar coisas que estou devendo, fazer a super faxina que ando pensando, não viver com medo da vigilância sanitária (huahauha), passar a usar os cômodos da casa e não viver somente na sala, mudar o pc pro quarto, ir a pelo menos 4 médicos e fazer exames periódicos, cortar o cabelo, pintar o cabelo, me matricular numa academia, costurar, guardar dinheiro, repensar o futuro profissional....não necessariamente nessa ordem.

Acho que é isso. Listando, quem sabe não dou um fim nisso.

Beijos!!

23 de janeiro de 2008

pesadelos

ontem dormi mal pacas. Fazia tempo que eu não acordava de madrugada e sentia medo. Ontem acordei e torci muito pra ser perto das sete. Hesitei, mas olhei no relógio...3:30 am. droga.

agora são 1:23 e nem sinal do meu sono...será que estou com medo de dormir?