20 de março de 2005

Quando o "globo" era mais que um globo

Sabem aquele globo coberto por quadradinho de vidro que tem nas boates? Ontem, quando, após lavar alma dançando, como não fazia há tempos (me diverti muito...tanto que alguns dedos do pé estão amortecidos ainda hoje), eu entreguei os pontos e me sentei pra descansar, olhei pro teto e vi vários deles.

Me peguei lembrando de Bandeirantes. Onde, no salão do clube tinha um desses e a gente adorava brincar. Acendia as luzes coloridas e fazia o globo girar. Era divertido se imaginar nos "bailes", onde crianças, obviamente, não podiam entrar. Era quase que mágico.

Hoje, a criança cresceu e pode entrar. Mas quando a gente chega na idade que imaginava quando criança, nunca lembra das coisas que imaginava que faria....é tudo muito automático. Crescer é mecânico.

Hoje, o globo é só um globo.

Obs.: os últimos finais de semana desde que as aulas começaram foram ótimos. Pra compensar o tempo perdido com as férias. Churras, Fashion, PC, Bar Brasil, Cervejada, Luz. Àqueles que tornaram os FDSs mais que especiais, amo muito vcs!!!

Beijos, Betty.

19 de março de 2005

"Você tem nas mãos a sabedoria da experiência"

assim diz o bilhetinho do biscoito da sorte que eu peguei hoje. Vou acrescentar isso ao meu vasto currículo e ver se a clientela aumenta...rsrsrs...beijos, Malu.

16 de março de 2005

o do vizinho é sempre mais gostoso

...sem trocadilhos, povo da minha sala...hauhauhaua

Estive visitando alguns blogs de estranhos-não-tão-estranhos. Encontrei um de uma menina que sofria por amor mas que agora está feliz de novo porque voltaram. Os posts da época em que ela sofria são verdadeiras declarações de amor...dessas que a gente só faz quando tá muito feliz (e vira meio "açúcar" demais) ou quando tá muito triste e, tirando os posts-depressão, são os mais sinceros. Sinceros porque são desarmados. Porque é como se fosse uma última tentativa de trazer a pessoa que vc ama de volta pra vc. Sinceros porque são feitos de verdades num momento que tudo o que vc queria era sonhar.

Eu confesso. Senti uma ponta de inveja.

Inveja?!? De sofrer?!?!

Não, inveja de amar. Ninguém (tá, poucos) me entende quando eu digo que eu sinto mais falta de amar do que de ser amada. Dizem que sou louca por querer sofrer. Não é sofrer. São todos os sentimentos bons que amar trás consigo. Acordar feliz só porque a pessoa existe. Ficar feliz só de vê-la, de estar perto. Não é bom? O coração batendo mais forte. Tudo. Pra isso a pessoa não precisa retribuir (claro, se retribuir, melhor ainda...rs). E nem isso eu consigo...o que eu to fazendo de errado?!?hauhauahua

Bom, não tem nada a ver com o título do post, mas é que eu já perdi o fio da meada...rsrsrs

Beijos, Betty.

Orkut. a maldição

Quando recebi o convite, entrei logo de cara, mas não usei logo de cara. Após um tempo, fui entendendo pra que servia. E quando comecei a convidar amigos, é porque já era uma viciada...afinal, que graça tem pro viciado, não ter os amigos no orkut também?rs

Hoje em dia, entro religiosamente todas as vezes que entro na net. Se entro 5 vezes ao dia, é 5 vezes ao dia que entro no orkut.

A verdade é que...só se vicia no orkut :

quem tá interessado em alguém (e assim pode acompanhar a vida do outro um pouco mais de perto)
quem gosta de uma boa briga (hauhaua...no meu caso, eu tento, mas não consigo ficar quieta e respondo mesmo!!!)
quem não tem muito o que fazer (sim, porque orkut exige tempo e dedicação até atingir o nível "viciado")

e bom, por que to postando isso? Porque só sei falar disso ultimamente...hauhaua

-Malu, eu tenho cura?
-Tem sim, Betty querida. Mas já adianto que se incluir isso no seu tratamento, o preço vai subir.
-Ok, sua exploradora! É por isso que o Divã vive jogado às traças.
- Betty, Betty....traças, na net? No máximo, tá jogado aos fiéis amigos visitantes...rsrsrs
-Bom, já que to pagando, vou usar...em um próximo post. Beijos.
-Beijos e volte sempre (desde que pague...hauhauaha).

1 de março de 2005

MINHA VÓ FEZ OITENTA ANOS

Terça-feira, dia 22, minha avó completou 80 anos. 7 filhos, vários netos ( preguiça de calcular), muitas histórias, lutas, sofrimentos e alegrias. Às vezes paro pra pensar no quanto temos de nos adaptar aos “novos” tempos e se vou ser capaz.

Quando ela casou, teve a opção de escolher com quem se casaria (privilégio de poucas naquela época). Mas ao mesmo tempo, mal conhecia meu avô. Viram-se no dia em que ele foi fazer uma espécie de “corte” (e foi escolhido) e depois, creio eu, somente no dia do casamento (mesmo que eu esteja enganada, com certeza, não se viram muito mais do que isso). E estão juntos até hoje. Deu certo ou fizeram dar certo?

Hoje já tem até filhos separados. Divórcio. Quem imaginaria?!? Com certeza, ela, não. Minha vó tem uma certeza (invejável até) de que vai morrer aproximadamente um ano após a morte de meu avô porque não faz sentido morrer antes, porque seria um sofrimento para ele, porque pra que viver sem ele, porque, porque, porque...vários porquês podem existir em sua mente. Penso nas coisas que ela passou e em tudo que ela suportou. Ainda assim o ama tanto a esse ponto? Eu imagino (é bem menos poético) que, pelo divórcio não ser nem cogitado, o lance era viver da melhor forma possível, passando, muitas vezes, por cima de suas próprias vontades. Mas (poeticamente) quero acreditar que é mais pelo companheirismo mesmo.

É uma idéia de companheirismo que muitos não conseguem nem sequer imaginar, quanto menos realizar. Hoje, quando podemos namorar quantos forem precisos (e conhece-los muuuito bem), por muito menos, casamentos são desfeitos mesmo antes de começados. Não há mais a cumplicidade, não há mais o perdão. Errou, ta fora; outros virão. É a maldita “era do umbigo”.

Passo muito pouco tempo com minha vó. Venho a Curitiba uma vez por ano, com algumas exceções.

Sempre que venho, percebo o quanto poderia ganhar estando mais próxima dela. Não só pela experiência porque acredito que cada um deve ter suas próprias experiências e não somente crescer pela dos outros. Mas é a oportunidade de ter uma visão de uma época completamente diferente da sua. Uma época que livros de história nenhum podem te ensinar com tanta clareza quanto uma conversa simples com seus avós (e eu odeio história mesmo...rs). Você se sente pequeno e egoísta por achar que o seu cabelo é o maior problema que vc tem hoje em dia. Aprende a dar valor à vida (boa) que leva, à liberdade que tem, às comodidades da tecnologia....aprende a ser mais humilde. Como eu amo a minha batian (vó em japonês).

Teve uma festa no sábado. Entre brigadeiros e beijinhos, algumas conversas (nenhuma delas direta e pessoal) com os parentes. Foi estranho estar junto de grande parte da minha família. Foi quando eu percebi o significado daquela frase “família a gente não escolhe”. Não porque eu não goste deles...rs...mas porque, estranhamente, gosto deles sem nem conhece-los. Conheço muito mais alguns de meus amigos (e os amo muito mais) do que qualquer um (literalmente qualquer um) dos meus primos. Mas família é família. Vc gosta deles automaticamente, meio que por obrigação, porque não faz sentido não gostar da sua própria família. A não ser que tenha motivos...daí sim, é bem justificável...hehe.....mas isso fica pra um outro post porque esse já está comprido demais.

Beijos, Betty.