8 de julho de 2016

Das voltas que a mente dá

Parece que desde que eu percebi que eu penso demais, os nós se tornaram mais frequentes na minha mente. Já faz uns anos que nem todos os meus pensamentos tem começo, meio e fim...e muito menos, nessa ordem, em linha reta. Mas escrever, sempre me ajuda a organizá-los, então vamos lá.

Muita gente me vê como a organização em pessoa. Estão enganados? Não, eu sou (costumava ser bem mais) extremamente organizada para algumas coisas, principalmente se envolve terceiros. Já, pra mim, sou o extremo oposto. Sempre entendi isso como uma forma de equilíbrio.

Muita gente me vê com uma personalidade de liderança. Do meu pai que me chamava (não sei se carinhosamente, kkkk) de "chefe de gangue" aos 11; à médica que ontem, em cinco minutos de conversa, do nada falou: "te vejo em posição de líder, procure algo que te cerque de muitas pessoas"; passando pelo cara do teste vocacional, aos 17, que me disse que deveria "fazer direito, pois meu poder de persuasão era muito grande"; à faculdade, onde me escolheram representante da turma em uma semana de aula; e ao começo da carreira profissional, onde em menos de 4 meses, era chefe do departamento, depois estava abaixo somente dos sócios e hoje sou sócia. Claro que em alguns casos, houve favorecimento do "destino/acaso". Eu me vejo como líder? Vejo que posso ter sido, mas nunca desejei. Na verdade, eu tento até fugir. Ser o centro das atenções sempre me incomodou. Ser dona de uma empresa, nunca foi meu objetivo principal.

Muita gente me vê como uma pessoa sensata. E eu devo concordar que (talvez até mesmo por pensar demais e analisar todas as possibilidades) eu dou bons conselhos. Mas, nos últimos tempos, não me vejo como uma pessoa lúcida 100%, não que sejam opostos, mas é necessária uma boa dose de lucidez para tomar decisões sensatas. Além disso, eu vivo plenamente a frase "faça o que eu digo, não faça o que eu faço".

Tem uma lista vasta, mas já deu pra ilustrar aonde quero chegar. Há alguns anos, sinto que as pessoas vivem das memórias que têm de mim. Que eu deixei de ser e continuo sendo. Mas se assim o fosse, as pessoas novas que entram na minha vida (ou que me conhecem superficialmente) me veriam como me vejo hoje, correto?

Então, se a imagem que os outros têm de mim, não bate com a pessoa que eu sinto ser é porque eu disfarço bem ou é porque eu estou em negação? Alerta de spoiler: não existe só uma resposta correta. Rs, viu por que é "compricado" parar a minha mente?

Caso queira deixar aí suas impressões sobre a minha pessoa, sinta-se à vontade.

Beijos,

Betty.