28 de outubro de 2012

I used to be

Acho feio quem fica usando palavras em inglês no meio das frases crente que tá abafando (tipo a Val Marchiori, mas talvez seja mais feio ainda, eu saber quem ela é. hauhauah. Hellooo!). Sei lá, afinal, moramos no Brasil. Mas não posso negar, que tem palavras que ganham força (ênfase, peso dramático) quando utilizadas em inglês. Neste caso, acho válido. Como tudo, uma simples e tênue linha que separa o ridículo do cool. huahauhauha. Captaram?

I'm blue é uma tristeza muito mais triste que só triste.rs; judgmental parece xingar 10x mais que crítico; awkward é uma palavra que por si só, já é bizarra.haha; stalker: se você diz perseguidor, não soa tão grave quanto a versão em inglês; what the hell! Essa é campeão, pois pode ser usada em 1001 ocasiões. Acho que é mais ou menos como saudade, que pode até ser traduzido, mas nunca com toda a complexidade de uma palavrinha só. E por aí vai.

"I used to be"... desde que aprendi, nunca mais teve graça dizer: eu costumava ser. I used to be parece demonstrar uma mudança mais definitiva, ou antiga. Na madrugada de ontem eu acordei e cheguei a levantar para postar algo extraordinário sobre esse tema. Mas, desisti e voltei a dormir. Perguntem agora se eu me lembro? já sabem a resposta, né.rs

Eu só lembro que, após um tempo sem sonhar, sonhei (na categoria suspense/terror) que estava contando o que acabei de sonhar pra outra pessoa (são dois níveis de sonho... sonhos complexos e cheios de detalhes, como em A Origem.rs).

Talvez tenha a ver com o casal encontrado morto num apto na Gleba. Primeiro, se fosse em outro lugar, não seria tão comentado e divulgado. É a novela da vida real, ou um Reality Show, tão comum e cada vez mais adorado. Não to julgando, pois eu nem sei explicar, mas eu adoro muitos deles.

Segundo, tão dizendo (inclusive a polícia) que ele a matou e se matou depois. Mais um. É só pra mim ou pra você também parece que ninguém mais sabe sofrer uma perda amorosa e se reerguer? Aquela ideia louca de "não é meu (minha), não será de mais ninguém", parece ter virado regra e não exceção.

Eu tenho uma teoria: tão confundindo amor com posse. "Ninguém é de ninguém" é tão verdadeiro e não é sinônimo de suruba, mas sim de ter a certeza de que, se alguém está junto contigo (e vice-versa) é porque te ama, te quer bem e aprecia a sua companhia. Você não é dono dessa pessoa, nem enquanto está junto e muito menos depois que separa.

I used to have more faith in love.

Beijos,
Betty.

16 de outubro de 2012

Trigo ou Arroz

Segunda feira, fui pra minha segunda sessão de acupuntura. A primeira foi no susto, enquanto eu deveria estar sendo tratada pra infecção na garganta que evoluiu pra virose, o médico concluiu que eu estou estressada, ansiosa, com forte tendência à tristeza, tenho refluxo e necessitava de acupuntura pra amenizar tudo isso.

Adendo: 3 horas depois, eu estava no hospital, fazendo exames de sangue e raixo-x pra descartar pneumonia e outras coisas. Viu, eu estava muito ruim!

Logo que ele saiu da sala, tive uma crise de choro. Lembrei de um episódio de Private Practice em que uma cética em tratamentos alternativos teve uma crise de choro após minutos de acupuntura e me perguntei se era isso que estava acontecendo comigo. Sim, sou sugestionável. Talvez fossem só as dores que eu sentia. Talvez ele estivesse certo ao dizer que eu sou triste por natureza.

Por estar sem dinheiro, sem tempo e sem muita fé no resultado a longo prazo - nessa ordem de importância - segunda foi a minha segunda e última sessão por hora.

Mas algo que o Dr. Anzai disse e vai ecoar por um tempo na minha mente foi uma historinha que ele disse que o pai dele contava pra ele sobre haver duas formas de amadurecer: como o trigo ou como o arroz.

O trigo cresce bonito, reto e imponente, mas é inflexível e quebra com o vento. O arroz cresce torto, curvado, mas é flexível e balança com o vento, sem quebrar. E disse que temos que ser mais como o arroz, ter a cabeça aberta e flexível. Senão, quebraremos fácil e amadureceremos do jeito mais difícil.

Pensei, pensei e acho que posso até ser como o arroz no final da história, mas o meu lado taurino teimoso e avesso às mudanças me faz muito trigo no começo e meio das histórias, tornando meu amadurecimento penoso e devagar.

E, não é porque reconhecemos nossos erros que erramos menos, né não? Mas, ainda é um primeiro passo.

Beijos,
Betty.