27 de outubro de 2005

tanto faz

Hoje me deu vontade de escrever no blog anônimo....sim, eu tenho...mais de um. Mas não me animei. Então resolvi ser transparente por aqui mesmo. Esse é um daqueles posts que vc começa sem nem saber o que vai escrever. Sem idéias geniais, nem minhocas obesas. Simplesmente começa a escrever porque está com vontade.

Por que, de repente, se sente só. Sem ter com quem conversar. Mas não por não ter quem te ouça....e sim, porque muito do que vc precisa dizer, não consegue sair em forma de palavras. E, como não encontrei nenhum amigo que tenha o dom de ler mentes, fica complicado conversar.

Eu não posso dizer que estou num momento "crise existencial".... posso dizer que estou um pouco preocupada com minhas reações perante o mundo. Que reações? Nenhuma....exatamente isso....ando por aí, direita, esquerda, direita, esquerda...e assim, como um soldadinho na fanfarra vou andando, mecanicamente...sem olhar o que acontece ao meu redor. As notas estão péssimas? Os prazos expiraram? Vc está faltando muito? Não fez aquele trabalho? Ah, e o que isso importa?

Quero as coisas no meu tempo. Se antes odiava ser pressionada, agora é como se fosse sinônimo de "não fiz, farei quando eu puder, quando eu quiser e se não quiser aceitar atrasado, dê-me um zero". Ok, o mundo não gira ao meu redor e por isso arcarei com as conseqüências dos meus atos. Pelo menos, disso, ainda estou ciente.

Infelizmente, também estou ciente que esse tipo de atitude cansa rápido quem convive de perto contigo. Pode parecer difícil de acreditar...mas ainda gosto muito, muito mesmo de vocês.

Não é que eu não queira ajuda. Mas realmente, não vai fazer diferença. Não é que eu me sinta capaz de sair dessa sozinha, mas pra que afundar pessoas que eu amo junto? Não é que eu esteja pensando em me matar, mas não sei se me importaria muito. Opa, agora vc exagerou no drama, D. Betty.

Eu poderia ao menos definir meu estado de espírito e não conviver com um diferente a cada meia hora. Tem coisas que eu não consigo explicar. Tem, algumas coisas que eu queria fazer...assim como tem outras que eu não queria fazer, querer, pensar, dizer.

Parece crise do coração? Ah, como todo amante não correspondido adora ver a vida como uma peça de Shakespeare. Mas... não sei se pro bem ou pro mal... descobri que esse não é o maior dos meus problemas. Que problema? Como eu disse um dia, nem que eu tentasse, poderia ter escolhido uma pessoa melhor pra gostar. Por não se parecer em nada com alguém que, normalmente, me chamaria a atenção e mesmo assim, ser alguém que entende minha lógica sem lógica pras coisas da vida e do amor. E não que eu tenha pensado que esse tipo de homem não existisse...mas também nunca parei pra pensar se poderia existir. Alguém que me dá carinho incondicional, apesar de todas as palavras ditas. Aquele tipo de palavras que geralmente se pensa, mas não se pronuncia. É, eu falo mesmo.

Então, sua doida, qual é o seu maior problema? Eu não sei. Simples assim. E sei que me afastar do mundo não é a melhor das soluções...aliás, é péssima. Mas não é porque sabemos não ser o caminho correto que deixamos de percorrê-lo...isso acontece muitas vezes na vida.

agora me bateu um sono....muito sono. Não consigo mais concluir pensamentos e sinto qu enão conclui nenhum durante o post inteiro.

Outro dia, sem sono, eu reviso isso e arrumo...ou deleto.

Beijos, Betty.