1 de novembro de 2005

O melhor da "abstnência" são os sonhos quase que reais que eu tenho. Também...desmaio, durmo tanto que a única coisa que resta, é viver a vida através de sonhos...rs

Sonhei ontem, sonhei hoje...ontem foi uma sensação de paz, de ter me encontrado, de estar protegida, de estar completa....muito boa...pena que foi sonho..hahahaha......hoje foi como se eu tivesse reencontrado casualmente um povo de Bandeirantes. Encontrei uma, que encontrou outra, e outro e fomos nos juntando. O mais engraçado é que a maioria que eu encontrei nem mora mais lá...bom, os pais ainda moram...com exceção dessa pessoa que vos fala...rs

Ficamos relembrando fatos do passado e tive uma conversa que eu estava querendo ter desde que eu me mudei de lá e nunca tive a oportunidade. Aliás, oportunidade a gente cria, não? Então eu tive, mas não aproveitei...enfim, na verdade, não tive a conversa, literalmente. Mas tem horas que as conversas são feitas de silêncios....e quando a pessoa foi embora, evaporou do meu sonho, sem se despedir, ela tinha deixado uma folha sulfite com várias mensagens. Uma pra cada pessoa que estava lá e mais algumas pra outras que foram citadas nas conversas. E, através dessa mensagem, também fui inundada por uma sensação de paz indescritível. Pena que não consigo me lembrar do que estava escrito. Só lembro que me senti muito bem, feliz, resolvida.

Outra coisa que eu percebi é como ficamos presos à uma memória que não é real. Quando encontrei algumas pessoas pelo orkut, vi o quanto elas mudaram, o quanto são...estranhos. Não de esquisitos..rs...de desconhecidos. Não conheço mais. Caiu a ficha, morreu uma parte do meu passado. Sensação muito, muito estranha.

Cada um segue sua vida, é fato. O mundo dá voltas eternas, é outro fato. To ficando com medo de como verei meus amigos de hoje daqui a 12 anos. Não os quero como estranhos...não não, não me deixem só...rsrsrs

Fuçando no orkut encontrei isso no profile de uma pessoa qualquer...hahaha...sem ofensas...não a conheço mesmo. Gostei, vou postar.

Escolho meus amigos não pela pele ou outra característica qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.
Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
(Oscar Wilde)