28 de junho de 2019

A vida é mesmo uma caixinha de surpresas...

será que é mesmo? Talvez seja para os mais desatentos.

Para quem é observador, detalhista e intuitivo, quem diz "eu te avisei" não é o amigo, é sempre sua própria voz. Mas não quer dizer que porque eu já sabia que as coisas incomodam menos, que doa menos, que dá pra sair da situação quando eu quiser.

Rola aí uma tonelada de comodismo, com umas colheres de teimosia, duas xícaras de otimismo com o mundo, 3/4 xícara de falta de amor próprio, um punhado grande de apatia/depressão/tanto faz, umas pitadas de esperança e mentir para si mesmo à gosto.

Sinto falta de quando eu escrevia para refletir e fazer os outros refletirem.
Sinto falta de quando eu via o copo sempre meio cheio.
Sinto falta do meu pai, do meu mundo cor de rosa, de viver numa bolha muito menor do que a bolha que eu vivo hoje.
Sinto falta de ser tão feliz que tinha medo de que algo muito ruim iria acontecer.

Dizem que depressão é excesso de passado (vide tudo que eu sinto falta) e que ansiedade é excesso de futuro (deve ser, já que fico surtada quando não sei onde estou pisando).

Eu sou uma pessoa pensante (ia dizer inteligente, mas não me senti no direito neste momento) e sei, na teoria, tudo que deveria fazer pra saúde, pra mente e pro coração. Mas na real, só queria dormir e acordar com tudo em ordem novamente.

Beijos,
Betty.