16 de outubro de 2012

Trigo ou Arroz

Segunda feira, fui pra minha segunda sessão de acupuntura. A primeira foi no susto, enquanto eu deveria estar sendo tratada pra infecção na garganta que evoluiu pra virose, o médico concluiu que eu estou estressada, ansiosa, com forte tendência à tristeza, tenho refluxo e necessitava de acupuntura pra amenizar tudo isso.

Adendo: 3 horas depois, eu estava no hospital, fazendo exames de sangue e raixo-x pra descartar pneumonia e outras coisas. Viu, eu estava muito ruim!

Logo que ele saiu da sala, tive uma crise de choro. Lembrei de um episódio de Private Practice em que uma cética em tratamentos alternativos teve uma crise de choro após minutos de acupuntura e me perguntei se era isso que estava acontecendo comigo. Sim, sou sugestionável. Talvez fossem só as dores que eu sentia. Talvez ele estivesse certo ao dizer que eu sou triste por natureza.

Por estar sem dinheiro, sem tempo e sem muita fé no resultado a longo prazo - nessa ordem de importância - segunda foi a minha segunda e última sessão por hora.

Mas algo que o Dr. Anzai disse e vai ecoar por um tempo na minha mente foi uma historinha que ele disse que o pai dele contava pra ele sobre haver duas formas de amadurecer: como o trigo ou como o arroz.

O trigo cresce bonito, reto e imponente, mas é inflexível e quebra com o vento. O arroz cresce torto, curvado, mas é flexível e balança com o vento, sem quebrar. E disse que temos que ser mais como o arroz, ter a cabeça aberta e flexível. Senão, quebraremos fácil e amadureceremos do jeito mais difícil.

Pensei, pensei e acho que posso até ser como o arroz no final da história, mas o meu lado taurino teimoso e avesso às mudanças me faz muito trigo no começo e meio das histórias, tornando meu amadurecimento penoso e devagar.

E, não é porque reconhecemos nossos erros que erramos menos, né não? Mas, ainda é um primeiro passo.

Beijos,
Betty.

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