25 de março de 2008

Das coisas que não são ditas...

Não sei bem ao certo como começar a escrever sobre. Sobre algo que converso raras vezes com raras (mais ainda) pessoas. Coisas íntimas. Não aquelas que chocam...aquelas que a maioria entenderia, mas que....se vc guarda até de você mesmo, como colocar em palavras pra fora da boca?!?

Às vezes porque você chora só de pensar, às vezes porque você acha que vai fazer outro chorar; em outras você pensa que tem que ser forte, porque é o que esperam de você ou você não quer constranger os outros; às vezes dá medo de ser/estar vulnerável, porque a segurança do "sou de ferro" é uma fortaleza e tanto; ou talvez, ainda, você tenha medo do poder de suas palavras. Particularmente, influenciar ou ferir alguém com palavras é um peso que não carrego de boa todos os dias.

Estive pensando (preparem-se pro festival de redundâncias) sobre as coisas que tenho pensado e na minha mente são claras, ordenadas e fazem sentido, mas quando abro a boca, saem picadas e talvez mal interpretadas. Na minha mente, tenho paciência, mas ao falar, muitas vezes a rispidez impera. Você não quer repreender, mas às vezes sai em tom de cobrança.."e os meus direitos, cadê?"

Agora imagina um diálogo de duas pessoas passando pela situação citada. Agora imagina 3 pessoas. E 4?

Tem sido meio difícil pra mim. Me sinto, por vezes, meio só e cada vez que eu percebo que nunca havia tido essa sensação de desamparo antes, dói bastante. Ninguém me deu as costas ou negou ajuda. Acho que é mais uma questão de auto-cobrança. De "ser" adulta, de se virar.

E em pequenas atitudes, percebo que está difícil pra todos. Dificuldades diferentes, quem sabe. Só quero que saibam que entendo muito "das coisas que não são ditas" e espero que seja recíproco.

Amo muito vocês, mais que todos na minha vida. Embora, estupidamente, seja muito mais fácil dizer isso aos outros.

Beijos!!

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