6 de dezembro de 2015

3 vivas pra mim!

Nestes últimos 10 dias, aprendi muito sobre mim. Na verdade, são verdades que sempre estiveram por aqui, mas que lá no fundo, eu não sabia se eram "mentiras repetidas tantas vezes que viraram verdade" ou se me pertenciam mesmo.

Eu aprendi que carência, definitivamente, não me pertence e que esse é um dos motivos pelos quais eu estou sozinha, mas que por outro lado, dificilmente me fará estar ao lado de quem não valha a pena. E isso é válido quando se trata de amizades também.

Eu aprendi que aquela história de "ninguém paga as minhas contas, vulgo, o que você pensa de mim é só o que você pensa de mim, não quem eu sou" não poderia ser mais verdadeira. Levei anos pra me livrar de uma culpa que não era minha, mas que foi fincada aqui, por anos de tortura psicológica. E adivinha só: ESTOU LIVRE!!!

Também resquício da tortura, parei pra pensar muito sobre "o corpo". O start começou com essa publicação da Juliana Garcez, que eu recomendo a leitura e tornou-se completo sábado, quando milagrosamente, eu resolvi caminhar no zerão, sozinha, vencendo meu medo e minha preguiça.

Estava eu, desvendando os aparelhos da "academia ao ar livre" quando passa por mim, um grupo de corrida. Tinha homem, mulher, várias idades, vários tipos físicos. Tenho vergonha de admitir, mas meus pensamentos transitaram entre: "tá bem, hein. Mas a que preço!" e "que gordinha, correr não parece resolver".

Mas daí eu pensei: PARA! Como você tem coragem de fazer com os outros o que sempre pensa que estão pensando de você? Eu acho que uma das razões pelas quais eu não curto academia (tá, a preguiça é sempre a razão principal. rs) é o desfile que eu, do alto da minha camiseta velha, legging e tênis que nem sei a marca, não estou disposta a participar.

Foi então que me veio o click. Se a pessoa é gorda, magra, sarada, sempre, SEMPRE, vai ter gente pra julgar. Se a pessoa é gorda, magra ou sarada e está correndo porque ama, parabéns pra ela e ponto final. Go, Girl! Se a pessoa é gorda, magra ou sarada, não garante nem a infelicidade, nem a felicidade de ninguém.

Perceber e aceitar tudo isso também foi muito libertador. Eu ainda quero emagrecer muitos quilos (devagar e sempre, com saúde, sim senhor), mas não para me encaixar num "perfil aceitável", e sim porque é onde eu quero estar. E você tem o direito de estar onde quiser (gorda, magra ou sarada), é tudo o que importa.

Beijos e boa semana!!
Betty.


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