10 de novembro de 2013

Um peso, cinco medidas (ou mais)

Todos nós temos uma cartilha do certo e errado. Não a cartilha do politicamente correto. Essa é pregada (teoricamente) pelo senso comum. A do certo e errado particular, quem dita as regras é você.

Mas o interessante é como essa regra muda num piscar de olhos. Ou, metaforicamente melhor dizendo, num bater do coração. É ele quem define, pela afinidade, quão grave é um acontecimento ou atitude.

Se é você quem errou, talvez se arrependa; talvez invente muitas justificativas; talvez nem se importe; talvez nem veja mais como erro.
Se é você quem sofreu, com certeza já decidiu a punição do outro lado....e mudou de opinião 10x.
Se você está do lado de quem sofreu, morte ao pecador.
Se você está do lado de quem errou, e nem tchum pro outro lado, "acontece, fazer o que".
Se você está do lado de quem errou, mas se importa com o outro lado, "cavar um buraco e sair do meio do fogo cruzado" é o que se passa pela cabeça quase todos os dias. Mas o buraco, não só te protege...ele te afasta das pessoas que ama.

Neste último caso, eu PRECISO escolher um lado? Caso contrário serei uma amiga falsa ou ruim? A verdade é que, independente dos seus esforços, ficará sempre no ar aquela sensação de que você está magoando as pessoas, sendo que, no fundo, ninguém se importa de estar magoando você. Se você desconhece a função do umbigo, acabo de lhe apresentar.

Beijos,
Betty.


2 comentários:

Luiz disse...

Não precisa escolher! Se as relações são sólidas, a compreensão será total. Porém, na teoria política (bom, não se chama teoria à toa...), existe uma passagem do Maquiavel, o mesmo que erroneamente e injustamente deu origem a alcunha 'maquiavélico', que acredito servir para as relações pessoas, que nada mais são do que política num foro mais íntimo. Resumindo de uma forma bem grotesca, a teoria tenta demonstrar que quando existe uma disputa (uma guerra, enfim, uma celeuma, dois lados), você tem duas opções: escolher um dos lados ou ficar neutro. Lá no fim (da guerra, da briga, da vida, enfim...) o lado que vencer (quando é o caso), que prosperar, que se mostrar com razão, trará para todos aqueles que estão ao lado os benefícios desse apoio. O outro lado, veja só, também renderá benefícios, seja em forma de apoio, compaixão, ressarcimento, afinal é 'juntos na saúde e na doença', não? E quem ficou neutro, no buraco, no muro, nas nuvens? Lááá no fim este não será bem visto nem por um lado nem por outro e ficará sem os benefícios. Politicamente isolado, sozinho. Escolher uma parte é, no fundo, é estar do próprio lado. Enfim, só teoria. No mundo real, cada caso, um caso. É ótimo estar bem com todo mundo, melhor ainda quando todo mundo está bem com você. Mas é verdade que no fundo cada um se importa com o umbigo (até mesmo quando quer a paz mundial - se é bom para todos é bom para mim), mas só se dá conta mesmo da realidade quando outra parte fundamental é pisada: o calo. Bjos!!!

Betty disse...

Oi Cunha, tem razão... Meu umbigo (e uns 90% da causa dos meus problemas) é não querer que se indisponham comigo. Então, no resumo, não preciso, mas deveria, ou no futuro só vou ter comprovado o que sinto agora, que alguém sempre sai magoado.