14 de agosto de 2017

Sobre Ser sem Estar

Penso que desde sempre aprendemos a fingir comportamentos aceitáveis, seja porque vivemos em sociedade (como diz a minha mãe, se não concorda, vá viver no meio do mato), seja porque queremos ser aceitos, seja porque não queremos preocupar, ofender, magoar os mais próximos.

Eu estive bem melhor, mas nunca fiquei 100% bem. No momento, sinto como se voltasse à estaca zero (o que, entendam, é muito, muito, muito desanimador). Sou a apatia em forma de pessoa. A única diferença é que substituí a minha irritação do tamanho do mundo pelo choro sem controle.

Estou na dúvida se “Tostines vende mas porque é fresquinho ou é fresquinho porque vende mais”. Não sei se um problema gera o outro ou se é o inverso. Mas, honestamente, também não to a fim de gastar as poucas energias para descobrir. Enquanto isso, vamos no tradicional “empurrando com a barriga”.

O que quero com este post não é que se preocupem, tomem providências ou me peguem no colo. Compreensão e empatia, quando eu não quiser sorrir, sair, dançar, conversar, conviver. Isso eu preciso muito. Entenda, por favor, que não depende de mim e 10 mil vezes, entenda, por favor que não é sobre você, é sobre estar doente e não existir fórmula pronta que ajude todo mundo de forma igual.

Eu sei, sem que ninguém me mostre, tudo de bom que a vida tem, ou o quanto existe gente em pior situação, etc. Também sei, racionalmente, de todas as emoções que eu deveria sentir (e por isso eu demonstro, mesmo não sentindo), mas não as sinto. É muito louco e talvez você não entenda o quanto isso pode ser cansativo, física e emocionalmente.

Enfim, se me pegar com cara de poucos amigos, é “só” isso.

Beijos,

Betty.

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