25 de fevereiro de 2014

Dos meus amores...

... platônicos propositais. Já dividi com vocês mais essa minha teoria de boteco?

Eu tive "alguns muitos" pela vida. Um declarado; alguns que se sabiam, mesmo sem serem ditos; e muitos outros em segredo. Uns relâmpagos e outros eternos.

Pra quem gosta tanto de "simplesmente gostar" quanto de viver aquela história;
pra quem tem o comodismo como nome do meio;
pra quem não gosta de sair de sua zona do conforto;
pra quem, depois de relutar muito contra a ideia, como uma boa taurina, começa a acreditar que "sim, moça, você tem medo de se machucar";
pra quem tem preguiça de começar do zero;
pra quem acha que não consegue ser mais dois, depois de tanto tempo sendo um e, sem falsa modéstia, sendo bem sucedido em ser um.

Pra todas essas pessoas que vivem dentro de mim, amores platônicos propositais são geniais!

Primeiro, você põe defeito em todo mundo com quem possa ter um potencial relacionamento. Depois, você encontra a sua quase-metade-da-laranja* e passa um tempo bem feliz, pelo simples fato de gostar. Abre parênteses: isso me remete ao trecho do trecho do livro da Carson McCullers que diz: "...o amante deseja qualquer possibilidade de relação com a pessoa amada, mesmo que esse relacionamento possa lhe trazer apenas a dor...". Fecha parênteses. No começo não tem dor, só correr pra felicidade...depois, é claro, como toda "relação" de via única, não tem futuro (nem passado, nem presente.rs) e acaba.

*quase-metade-da-laranja significa que a pessoa é quase perfeita pra você, mas SEMPRE vai ter algum detalhe bem importante como: você não é o número dele; ele não é solteiro; ele não presta; e/ou qualquer outro empecilho imaginável.

Por que eu chamo de "amores platônicos propositais"? Porque você sabe que nunca vai tentar nada (platônico), brinca com fogo (e se apaixona) e fez tudo isso com plena consciência (proposital).

Moça, você é masoquista? hahaha, não. Minha teoria é que somos pessoas não dispostas a tentar (pelos motivos acima citados) e como sabemos que não tem como, nunca precisaremos correr atrás.

Confuso? Bem vindo à minha mente.

Beijos,
Betty.

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